sexta-feira, 1 de maio de 2015

Opinião - Eleições 2016: E o PT? (Ou: O papel de coadjuvante do PT)

“Na capital maranhense, o PT, para variar, está na expectativa para saber de quem será ator coadjuvante da vez: se do grupo do atual prefeito e do governador ou se, mais uma vez, quem sabe, do PMDB.”

O PT é o maior partido do Brasil.

São 14 senadores, 5 governadores, 66 deputados federais, 90 deputados estados, 619 prefeitos, além, claro, da presidenta da República.
“O PMDB é maior, blogueiro”, provocaria um leitor peemedebista.
Sim, só que o blogueiro  está falando de partido e não de uma “confederação” de partidos regionais.
Mas, voltando ao PT, infelizmente essa pujança político-eleitoral do partido de Lula no plano nacional não conseguiu se materializar no Maranhão e muito menos em São Luis.
O braço estadual do partido é o retrato da desolação, autofagia, individualismo, falta de projeto coletivo, conspiração, maldades etc.
Falta projeto político, sobram um amontoado de tendências e grupos internos cada um segundo a filosofia: “Tempo de murici, cada um cuida de si”.
Não sei em outros estados, mas até o PED (Processo de Eleição Direta) se tornou uma indecência no Maranhão.
Um processo eleitoral com práticas mais vergonhosas do que das eleições tradicionais onde o abuso de poder econômico e político dão o tom da disputa. Aliás, o PT fala tanto em financiamento público de campanha, mas não tem coragem de pautar internamente o “financiamento público” do PED através de recurso do fundo partidário.
O PT do Maranhão é tão complicado, tão mergulhado em discórdias intestinas que é difícil ter coragem de convidar alguém para se filiar ao partido, ainda mais alguma personalidade pública. Convidar para quê? Para passar vergonha?
Eleições 2016: São Luis
Ano que vem teremos eleições municipais, talvez as mais difíceis para o PT nos últimos tempos.
O partido enfrenta um desgaste na sociedade jamais visto. Culpa do velha mídia? Também, claro! Mas culpa igualmente de alguns vagabundos que confundiram o público com o privado, partido com Estado/governo.
Na capital maranhense, o PT, para variar, está na expectativa para saber de quem será ator coadjuvante da vez: se do grupo do atual prefeito e do governador ou se, mais uma vez, quem sabe, do PMDB.
Candidatura própria é um sonho para alguns e pesadelo para outros, pois sobram “sarnopetistas” e “dinopetistas” e faltam PETISTAS!
O único nome relativamente de peso para entrar na disputa em 2016 em São Luis seria o deputado federal Zé Carlos, mas a mediocridade a que chegou o partido não permite essa possibilidade.
Poderia ser o deputado estadual Bira do Pindaré? Sim, poderia, mas nesse caso não seria um projeto do PT, mas algo vindo de fora para dentro. Não resolve, portanto, o problema do partido.
O fato é que o PT tende, mais uma vez, ser cortejado por tudo que é candidato apenas pelo tempo de tevê que possui e por ser o partido da Dilma e do Lula. Não respeitam o partido em si, mas tão somente o que ele representa em termos de campanha.
E por que não respeitam o PT? Simples: porque não se dá o respeito!
Mas nem tudo está perdido. O PT maranhense pode se reencontrar com a sua história.
Para isso é necessário olhar-se no espelho, fazer um profundo exercício de crítica e autocrítica, e identificar o exato momento em que tudo começou a dar errado para o partido no estado e mais precisamente em São Luis.
Caso contrário, o PT continuará servindo tão somente de pilhéria para os outros pelos quatro cantos do estado.
Feliz Dia dos Trabalhadores!

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