sexta-feira, 13 de março de 2015

Incra/MA fará agenda conjunta para atender trabalhadores rurais

Após reuniões com a direção da Superintendência Regional do Incra no Maranhão, cerca de 300 trabalhadores rurais, ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) deixaram na tarde da última quarta-feira (11), a sede da autarquia, onde estavam acampados desde segunda-feira (9). Essa mobilização fez parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres camponesas, em razão do Dia Internacional da Mulher.
Para dar prosseguimento ao que foi definido na reunião, foi agendado um novo encontro, na próxima segunda-feira (16), com as lideranças do movimento para análise e busca da melhor forma de atender as demandas apresentadas.
O diálogo foi a palavra que deu o tom aos debates. As principais reivindicações do movimento foram: desapropriação de imóveis rurais, soluções para acampamentos e conflitos agrários, vistorias em imóveis passíveis de destinação à reforma agrária, infraestrutura, assistência técnica e habitação.
O superintendente do Incra/MA, Jowberth Alves, informou que o planejamento das ações da autarquia será elaborado e enviado para o Incra Nacional com as demandas de todos os movimentos e entidades dos trabalhadores rurais. Ele falou sobre as medidas que estão sendo implementando na Superintendência e como pretende atuar para que as ações de reforma e desenvolvimento agrário cheguem com mais agilidade e qualidade aos trabalhadores rurais. “Vamos trabalhar de forma integrada, conjunta, tanto entre os setores do Incra/MA, quanto com as representações dos agricultores”, afirma.
O coordenador do MST, Elias Araújo, demonstrou confiança na forma como a nova direção do Incra no Maranhão está conduzindo o órgão. “Esperamos construir uma agenda conjunta com o Incra e outras Instituições para garantir direitos dos trabalhadores rurais e desburocratizar o acesso deles aos programas do governo federal”.
Reuniões
No período da manhã apenas a coordenação do MST esteve reunida com a direção do Incra/MA, com questões exclusiva ao Incra, como desapropriações, acampamentos, vistorias de imóveis rurais, conflitos agrários, entre outros.
Já à tarde, os debates envolveram todos os 200 trabalhadores rurais acampados e representantes da Caixa Econômica Federal, da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário, Banco do Nordeste, Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em torno dos temas: Minha Casa Minha Vida, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e infraestrutura nos assentamentos. As reuniões no Incra/MA estenderam-se até às19h. Na quarta-feira (11), antes de partirem, os trabalhadores tiveram audiência com o governo do estado.


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