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cortadores de cana maranhense em São Paulo |
As commodities de petróleo fazem
estrago na África e nos países árabes. É a ação cruel do imperialismo. Aqui no Maranhão são as commodities agrícolas que
exercem a mesma função. Expulsar os trabalhadores rurais para os bolsões de miséria
dos grandes centros urbanos. Só os barões do petróleo e do agronegócio têm
qualidade vida, em detrimento do
restante da população. É a forma mais brutal do capitalismo selvagem.
Aqui no Maranhão acabamos de inaugurar pela
presidente Dilma Rousseff(PT) e o governador Flávio Dino(PCdoB) o Terminal de Grãos do Maranhão. O Tegram é para
acelerar ainda as exportações de commodities
agrícolas. Veja a importância do terminal para a pequena agricultura. Vamos a
um exemplo: um pequeno produtor que
tenha uma área de 50 hectares. Que ele queira plantar para o consumo e restante
para vender. Na sua área, ele dividiu com
as culturas de arroz, feijão, milho e mandioca.
O restante da produção ele precisa vender para sustentar a família e
custear a próxima safra. Aí é onde se encontra o principal gargalo: a comercialização.
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máquina moderna tomou emprego dos maranhenses |
Como vender o produto no mercado onde quem
dita o preço são as grandes commodities agrícolas que produzem em grande escala,
- com menor custo, exclusivamente para a exportação? O pior de tudo que não
existe uma política do Governo Federal e nem Estadual para subsidiar a pequena produção. O pequeno agricultor fica desprotegido
jogado a própria sorte na lógica do
mercado. Na guerra dos leões e tubarões da agricultura só eles conseguem preços
melhores na hora de comprar os insumos. Quem adquire em grande quantidade, o preço sai mais em conta. Então o preço do produto final do pequeno agricultor é muito
maior. Qual a saída? Vender sua terra!
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Dilma inaugura Tegram |
Quem visita a zona rural dos
municípios maranhenses é notório de ver como a grande agricultura (sem a
proteção do pequeno), acabou com a pequena produção de alimentos. Hoje só
encontramos na zona rural maranhense, velhos e crianças. A
tragédia humana da falta e oportunidade expulsou todo mundo para os grandes centros
urbanos. Não vejo lá muita diferença entre os retirantes maranhenses que cortavam
cana em São Paulo e os povos da África e os árabes que se jogam a própria sorte no Mar Mediterrâneo
para tentar chegar à terra prometida.
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retirantes no Mar Mediterraneo |
Aqui no Maranhão os nossos retirantes têm um
agravante. O emprego de cortador de cana em São Paulo foi substituído por
modernas máquinas agrícolas que fazem o
serviço com mais economia para aumentar o lucro agronegócio. No Leste Europeu o
retirante, vencendo a polícia de fronteira, ainda tem a luz que mantem viva a
luta por dias melhores: a esperança.
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