SÃO
LUÍS – O impacto do corte de R$ 28 milhões de reais da verba destinada à
Universidade Federal do Maranhão, imposto pelo contingenciamento orçamentário
do Governo Federal, foi apresentado hoje pelo reitor Natalino Salgado a
integrantes da bancada maranhense na câmara e no senado. No encontro, o reitor
Natalino Salgado apresentou a situação financeira da universidade e mostrou as
dificuldades advindas com a retenção de recursos, além de medidas adotadas para
enfrentar a crise.
A
falta de repasses produzirá danos em todos os setores da instituição, afetando
desde a mão de obra terceirizada, infraestrutura, restaurante universitário,
assistência estudantil, passando pelas atividades de pesquisa, de extensão e
programas especiais. A primeira consequência foi a demissão de 140
trabalhadores terceirizados. O início do segundo semestre letivo também está comprometido.
Considerando
o que deixou de receber em 2014, R$ 34.933,285, e o corte de 50% do valor do
investimento previsto na LOA para este ano, de R$ 43.238,435 o déficit
acumulado chega a R$ 109.4185.651,14. Segundo o reitor, a Associação
Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES)
tem demonstrado preocupação com os cortes nas universidades. “As instituições
estão com suas contas seriamente comprometidas e a saída tem sido o enxugamento
drástico nos gastos”, explicou. Ele disse que algumas universidades não tem
mais dinheiro para se manter em funcionamento já a partir de setembro.
Do
total previsto para despesas de funcionamento (verba de custeio) em 2015, a
UFMA ainda não recebeu R$ 6.874.975,70, valor insuficiente para cobrir seus
gastos, revelando um déficit superior a 17 milhões de reais. Dos recursos para
investimento também ainda faltam ser repassados nove milhões de reais, fora 18
milhões de reais de emendas parlamentares incluídos no orçamento.
O
deputado Pedro Fernandes, coordenador da bancada maranhense, pregou a união de
todos para garantir que UFMA não seja penalizada com o corte de verbas.
“Estamos, hoje, reunidos em prol da nossa Universidade e do nosso Estado para
lutarmos pela liberação dos recursos destinados à UFMA, sem que haja qualquer
prejuízo para os estudantes que carregam consigo o sonho de estudar em uma
instituição pública. As universidades são de suma importância para esta
gerência e formação das políticas públicas. Portanto, devemos aproximar cada
vez mais a universidade da bancada maranhense, e vice-versa. Hoje, o Maranhão
possui sete milhões de habitantes, o que compreende o importante papel da UFMA
em prol do desenvolvimento socioeconômico do Estado, por isso, ela precisa
crescer e expandir e o que não podemos é admitir que as portas da Universidade
se fechem, proclamou.
O
senador Roberto Rocha também se sensibilizou com o atual cenário, que
considerou grave, e se colocou à disposição para lutar no Congresso pela
liberação de verbas para a UFMA. “Vamos trabalhar para que o governo libere os
recursos previstos no orçamento da Universidade, de modo que não haja prejuízos
para a sociedade e as atividades sigam dentro da normalidade”, enfatizou.
Da
reunião participaram os deputados federais Rubem Pereira Junior, André Fufuca,
Zé Carlos, Junior Marreca, Pedro Fernandes, Juscelino Filho, João Marcelo, o
deputado estadual Jota Pinto e o senador Roberto Rocha.
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