A proteção ambiental
ganhou relevância na nona audiência pública para debater a revisão do
Macrozoneamento do Plano Diretor e a nova Lei de Zoneamento, Parcelamento, Uso
e Ocupação do Solo da cidade, realizada nesta terça-feira (11), no auditório do
CCSA, no campus da UEMA. O calendário de audiências públicas segue nesta
quinta-feira (13), a partir das 18h, no auditório central da UFMA, na cidade
universitária do Bacanga.
Todas as sugestões,
críticas, erros e acertos apontados durante as audiências serão examinados em
rodada técnica com participação do Instituto da Cidade (Incid) e Conselho da
Cidade para elaboração do texto base da Mensagem do Projeto de Lei do Executivo
que será enviado à Câmara de São Luís. O calendário de audiências públicas sob
coordenação da Prefeitura se encerra no dia 25 de agosto, no Parque do Bom
Menino.
Além de líderes
comunitários e moradores dos bairros São Cristovão, São Raimundo, Tirirical e adjacências,
boa parte do auditório foi ocupado por universitários interessados em obter
mais informações sobre as propostas de modificações na legislação urbanística
vigente.
O secretário municipal
de Meio Ambiente, Marco Aurélio, como mediador da audiência, e a representante
dos bairros, Ednizia Guerra, compuseram a mesa dos trabalhos coordenados pelo
presidente do Instituto da Cidade, Marcelo do Espírito Santo. A audiência teve
duração de pouco mais de três horas, período em que foram apresentadas as principais
propostas de revisão do Plano Diretor e aspectos da legislação urbanística
contidos na nova proposta da Lei de Zoneamento.
"A proposta que
estamos apresentando considerou determinadas homogeneidades em relação a
índices socioeconômicos, tipologias arquitetônicas e respeito à própria
história da cidade", destacou o presidente do Incid.
Entre os participantes
da audiência, a preocupação com o adensamento de edificações em grande parte
tem relação com o Plano de Saneamento e a preservação do meio ambiente. Foi
solicitado ao secretário Marco Aurélio um estudo atualizado sobre as condições
dos rios que correm na região, inclusive o Paciência. A região conta ainda com
Área de Proteção Ambiental Upaon-Açu.
PROTEÇÃO AMPLIADA
Pela nova proposta da Prefeitura, a região do São Cristóvão, bairro onde se encontra instalado o Aeroporto Internacional Cunha Machado, terá ampliada de maneira significativa a Zona de Segurança Aeroportuária, passando então a contar com duas áreas de território considerável. Em relação aos índices urbanísticos, estas duas zonas obedecerão a regras estabelecidas pela Aeronáutica podendo receber edificações de gabarito máximo fixado em pavimentos. Na legislação em vigência, não há recomendação sobre gabarito máximo.
Pela nova proposta da Prefeitura, a região do São Cristóvão, bairro onde se encontra instalado o Aeroporto Internacional Cunha Machado, terá ampliada de maneira significativa a Zona de Segurança Aeroportuária, passando então a contar com duas áreas de território considerável. Em relação aos índices urbanísticos, estas duas zonas obedecerão a regras estabelecidas pela Aeronáutica podendo receber edificações de gabarito máximo fixado em pavimentos. Na legislação em vigência, não há recomendação sobre gabarito máximo.
Nas duas Zonas
Residenciais da macrounidade focada na audiência, o Gabarito Máximo atinge 10
pavimentos, sendo ainda dois de solo criado, margem de negociação com o poder
público. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
na macrounidade de planejamento considerada pelo Instituto da Cidade, a
população distribuída em 22 bairros era - pelo Censo de 2010 - formada por 114
mil habitantes, instalada em pouco mais de 31 mil domicílios.
LEGISLAÇÃO
"O processo que estamos trabalhando na realização das audiências se iniciou lá atrás, em fevereiro de 2014, quando a primeira proposta foi colocada à disposição para consulta púbica. Após o período de recebimento de proposta, foi iniciada a etapa seguinte de discussão com o Conselho da Cidade. Passamos de abril de 2014 a maio de 2015 alterando a proposta elaborada pelo Instituto da Cidade. É esta versão que estamos levando para o circuito de 15 audiências públicas", explicou ao público o presidente do Incid.
"O processo que estamos trabalhando na realização das audiências se iniciou lá atrás, em fevereiro de 2014, quando a primeira proposta foi colocada à disposição para consulta púbica. Após o período de recebimento de proposta, foi iniciada a etapa seguinte de discussão com o Conselho da Cidade. Passamos de abril de 2014 a maio de 2015 alterando a proposta elaborada pelo Instituto da Cidade. É esta versão que estamos levando para o circuito de 15 audiências públicas", explicou ao público o presidente do Incid.
A Lei de Zoneamento reúne
elementos que vão atingir diretamente os objetivos do Plano Diretor no que se
refere ao conforto e segurança da população da cidade. A lei subdivide a cidade
em áreas residenciais, de comércio, mistas, de indústria, área urbana e rural.
Na mesma lei, são estabelecidos critérios para o uso e definições quanto à
instalação de determinadas atividades econômicas.
Marcelo do Espírito
Santo esclareceu ainda que a aplicação da nova lei recai principalmente nas
áreas edificantes do território de São Luís. "A partir da aquisição de um
terreno, o proprietário que desejar construir deve consultar a Lei do
Zoneamento para claramente entender quais são os índices urbanísticos presentes
naquele terreno, a intensidade construtiva que vai querer adotar na sua obra;
quais os usos permitidos, ou seja, que atividade poderá desenvolver na área, e
os critérios de construção em relação aos seus vizinhos", explicou o
presidente do Incid.
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