Paulinho da Força afirma que a tendência do novo partido é aderir à
candidatura de Aécio Neves, mas não descarta apoio a Eduardo Campos
Responsável
por costurar apoios e assinaturas para a criação do partido Solidariedade, o
deputado e líder da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, egresso do PDT,
trabalha para formar a sexta maior bancada na Câmara – três
secretários estaduais devem se licenciar nos próximos dias para consolidar o
bloco de deputados – e se cacifar para as negociações sobre que alianças devem
ser formalizadas pelo partido.
A ideia,
diz Paulinho, é que a nova força política apoie as pretensões do tucano Aécio
Neves ao Palácio do Planalto, mas também atue para garantir competitividade à
candidatura do socialista Eduardo Campos, agora vitaminada com o ingresso da
ex-senadora Marina Silva no PSB. “Existe um grande movimento contra o PT”,
afirmou Paulinho ao site de VEJA.
O Solidariedade, recém-criado, já desponta com um bancada de mais
de vinte deputados. Como estão as negociações para coligações em 2014?
Pelos nossos cálculos temos 23 deputados e três secretários estaduais que devem
assumir as cadeiras na Câmara. Saí do PDT e o Lupi [Carlos Lupi, presidente do
partido] anda falando muito mal de mim por aí afora. A maior baixa nas mudanças
partidárias foi no PDT. Levei uma turminha.
As negociações para apoio político ao tucano Aécio Neves
continuam?
A nossa ideia é ir para a oposição, mas ainda precisamos ver qual delas, temos
que ver o jogo político todo. O que eu tenho defendido tanto junto ao Aécio
quanto ao Eduardo Campos é que deveríamos dar as mesmas condições para que os
dois disputassem em pé de igualdade e, no segundo turno, um tivesse o apoio do
outro.
Como criar condições para que os dois candidatos sejam
competitivos no primeiro turno? Qual o papel do Solidariedade nisso?
A ideia é que a gente fizesse um trabalho para que os dois tivessem condições,
mas eu tenho uma relação muito grande com o Aécio e minha tendência é apoiá-lo.
Em princípio, propus aos dois que teríamos que calcular quantos minutos já tem
um candidato e arranjar condições para que o outro tivesse um tempo equivalente
de propaganda eleitoral no rádio e na TV.
Eduardo Campos e Marina Silva são ex-ministros do governo Lula. Em
um eventual segundo turno com a presença de Aécio Neves, por que os dois não
apoiariam a reeleição da presidente Dilma, já que ela tem o próprio Lula como
estrategista?
Acho que não corre o risco de apoiarem a Dilma porque os dois estão com mais
raiva da Dilma do que eu. Tem um movimento muito grande contra o PT. Se soltar
a Dilma perto da Marina, elas saem no tapa. O que fizeram com o Eduardo Campos
também para evitar a candidatura dele não se faz nem com um inimigo.
Na MP dos Portos, o senhor se aproximou de Eduardo Campos. Agora
apresenta propostas aos dois e, ao mesmo tempo, quer apoiar oficialmente Aécio
Neves nas eleições?
Tenho conversado com Aécio. Venho falando toda hora, toda semana, várias vezes.
Não consegui falar com o Eduardo Campos depois da filiação da Marina. Vamos
continuar conversando com todo mundo, mas minha preferência é pelo Aécio.
Com informações da Veja Online
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