É evidente que o
enfraquecimento dos Partidos Políticos no Brasil a cada dia aumenta. O povo não
confia em partidos políticos e suas ideologias mentirosas e farsantes, quando
todos sabem que os interesses pelo poder supera toda filosofia das mais
variadas linhas de pensamento.
O descrédito do
eleitor junto aos partidos, que perderam o sentido de debates sérios dentro do
campo das idéias, restringindo tão somente aos discursos banais, disputas por
espaço e, principalmente, o uso da politicalha visando as próximas eleições.
Observa-se em
todas as casas legislativas, isso nas três esferas, que os debates calorosos
sobre assuntos de grande relevância para sociedade não são debatidos, perdendo,
com isso, o sentido de existência.
Os partidos políticos
perderam tanto sua força, que atualmente membros de uma determinada legenda são
incapazes de indicá-la a uma pessoa que queira ingressar na vida política
partidária. O sistema acaba muitas vezes incentivando a disputa dentro dos
partidos, dificultando a união partidária.
Desde quando
você, leitor, escuta dizer que os eleitores brasileiros votam nos candidatos e
não nos partidos. Em tempos de campanhas políticas, sempre ouvimos das pessoas
frases como: “eu voto no candidato, o partido para mim ‘pouco importa’”. Essa
mentalidade está enraizada na sociedade e decorre das muitas criações e
extinções de partidos sem nenhuma ideologia justificada. Poucos partidos são
efetivamente expressivos, sendo que temos hoje em atividade no Brasil uma
quantidade enorme de partidos! Muitos destes criados apenas para serem usados
como “legenda de aluguel” e moeda de troca nos períodos de eleições.
Diante deste
cenário o eleitor tende a votar sem compromisso com as plataformas ou programas
eleitorais das siglas (as quais por si só são muito fracas, mas devem existir),
muitos acabam votando em candidatos que oferecem alguma vantagem ou benesse. Os
candidatos, por sua vez, passam a defender os interesses de grupos organizados,
que muitas vezes financiam suas campanhas, deixando de lado o interesse
coletivo da sociedade e até mesmo as bandeiras de seus partidos.
Muitos são
motivos para estes problemas, os candidatos em épocas de campanhas deixam de
lado o discurso propositivo em defesa de temas relevantes, como programas e projetos,
partindo para os ataques pessoais e erros de seus adversários. Outros atores
contribuíram para isso, os governos, lideres políticos e a elite.
A cada crise,
busca-se uma alternativa, como: reforma política (muito discutida, mas nunca
levada a termo até o presente momento), partidária (outra grande questão) ou
até as chamadas mini reformas (que ocorrem, mas são feitas de forma casuístas,
apenas para manter os privilégios conquistados).
Essa é a mais
pura realidade desse país, cujos objetivos políticos se restringiram apenas ao
jogo pelo poder, isso sem critério ético, democrático e, principalmente, sem
consistência social, econômica e política.
Esse é o país de
várias legendas partidárias, que juntando todas não se consegue fazer um
partido político que de fato lute em prol da coletividade.
É a triste
realidade
Caio Hostílio
Com
informações
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