juiz Márlos Reis um dos cord do movimento |
Com o empurrão dos protestos que ganharam as
ruas de várias cidades do país, a reforma política volta à pauta e os
defensores de uma revisão do sistema político brasileiro, por meio de uma
Assembleia Constituinte, se sentem à vontade para debater o tema. Reivindicado
pelos manifestantes, em meio a outras demandas, como transporte de qualidade e
gratuito, melhoria da saúde e educação, além da transparência nos gastos
públicos e combate à corrupção, a reforma política reúne hoje, em uma
manifestação em Brasília, às 10h, entidades de peso como o Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
Durante a manifestação, será lançado um anteprojeto
de lei de iniciativa popular para coleta de 1,5 milhão de assinaturas, assim
como aconteceu com a Lei da Ficha Limpa, com o objetivo de obrigar o Congresso
a votar imediatamente uma reforma política que ataque a corrupção eleitoral e
assegure liberdade ampla na internet. O texto pretende também estimular a
instalação de comitês de controle social dos gastos públicos, inclusive sobre
gastos da Copa de 2014 e planilhas de tarifas de transporte coletivo.
Assim como as manifestações populares,
o ato de hoje pretende forçar o governo também a ampliar o investimento em
saúde e educação, com a fixação de 10% do orçamento geral da União e do PIB,
respectivamente, para as duas pastas. A manifestação, que está marcada para
acontecer no plenário da sede da OAB, na capital federal, defende ainda a
criação urgente de um Código de Defesa dos Usuários dos Serviços Públicos, que
vai ao encontro de anseio dos manifestantes que cobraram melhor qualidade nos
protestos das últimas duas semanas.
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