Encontro
tratou sobre a necessidade de policiamento mais ostensivo na área que abrange a
Faculdade de Medicina, o Largo dos Remédios e o Hospital Universitário
Quem
costuma transitar pelo Centro de São Luís, especificamente no entorno da Camboa
e Praça Gonçalves Dias, sabe que a segurança no local dá margem à ação de
diversos tipos de delitos, com destaque para assaltos contra profissionais e
estudantes da área de saúde, que são os principais alvos por uma razão lógica:
é nesse setor que estão instalados o Hospital Universitário Presidente Dutra e
a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Maranhão. Há, ainda, a
Igreja dos Remédios, uma das mais tradicionais da capital maranhense e que
costuma atrair muitos fieis nas missas, sobretudo aos domingos.
Por
conta da situação, o reitor Natalino Salgado e a diretora do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde, Nair Portela, mediaram, na última sexta-feira, uma
reunião com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública e acadêmicos de
medicina e enfermagem, além da superintendente do Hospital Universitário, Joyce
Lages, e do pároco da Igreja dos Remédios, padre Antonio José Ferreira Soares.
O encontro serviu para, em conjunto, mobilizarem setores que cuidam da
segurança do município e do Estado em torno da discussão e da criação de ações
que coíbam os assaltos e outros tipos de delitos que costumeiramente acontecem
na região. “Temos uma grande concentração de pessoas nessa área, de estudantes
a funcionários do Hospital Universitário e isso chama a atenção de bandidos.
Por essa razão temos participado de diversas reuniões para debater a
segurança”, destacou a superintendente do HU, Joyce Lages.
O
secretário Jefferson Portela afirmou que a situação não é desconhecida da
Secretaria de Segurança do Estado. De acordo com ele, apesar de muitas vítimas
não fazerem o registro formal, o Boletim de Ocorrência, é de conhecimento do
órgão os casos de assaltos na área. “Hoje vivemos em uma situação de segurança
precária, em todo o Maranhão, resultado de políticas anteriores. Apesar disso,
não nos furtamos ao trabalho de resolver situações atuais, como é o caso em
discussão. Estamos corrigindo falhas e elaborando ações que coíbam a
marginalidade”, enfatizou.
O
secretário destacou que na área do Centro da cidade há um intenso processo de
favelização e que há muitas questões sociais a serem resolvidas. “Apesar disso,
não podemos deixar de agir para resolver o problema de segurança. Temos que
criar mecanismos de ação que atinjam diretamente o alvo”.
Sobre
o tema, o coronel Pedro Ribeiro, da Polícia Militar, afirmou que já existem
projetos sendo executados. “Há uma intensificação no policiamento e essa é uma
ação de resposta. Além disso, estamos analisando todas as situações para buscar
alternativas de resolução do problema”, disse ele.
Efetividade
- O delegado Geral da Polícia Civil,
Augusto Barros Neto, revelou que, além das ações que já estão em execução, há
outras a serem executadas, com datas confirmadas, e outras mais a serem
planejadas. “Estamos respondendo de forma imediata e pontual, mas também iremos
desenvolver estratégias para outras operações. Algumas demandam colaboração
entre Estado, Município e Universidade, visto que a segurança é uma área complexa”.
A
diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Nair Portela, destacou
que é muito importante perceber que o esforço da comunidade acadêmica, de
funcionários do Hospital Universitário e da Igreja, além dos moradores, tem
gerado resultados positivos. “Se não houvesse a mobilização em torno da
realização de reuniões como essa, as ações que já estão sendo executadas não
existiriam, tampouco seriam pensados planos para coibir os delitos que ainda
vem ocorrendo aqui na região. Agora temos que acompanhar”.
O
representante do Centro Acadêmico de Medicina Antônio Rafael (CAMAR), Luiz
Amorim Neto, disse entender a complexidade que envolve o setor de segurança,
mas que é necessário que sejam dadas respostas imediatas à comunidade, em forma
de ações efetivas, visto que os casos de assaltos são permanentes. “Percebemos
um aumento no número de policiais, mas há uma grande desesperança por parte da
comunidade. Queremos que sejam dados prazos para a execução das ações que serão
planejadas”, disse.
O
reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, corroborou com a
ideia do acadêmico. “Sabemos que há muitas reuniões ainda a serem realizadas e
ficamos satisfeitos com a disponibilidade da cúpula de Segurança do Estado, mas
seria ideal criamos um cronograma de ações para apresentarmos à comunidade”,
ressaltou.
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