O
candidato a reitor Sofiane Labidi detonou os pesquisadores da UFMA em
entrevista a uma emissora de rádio. Disse que os professores perdem muito tempo
fazendo pesquisas inúteis para nada, “imaginando problemas pra resolver, sem
utilidade”. Labidi também mostrou profundo desconhecimento sobre um dos
programas de maior alcance da UFMA, o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do
Ensino Médio - PNEM, ignorando que a Universidade já atua em parceria com o
governo do estado nessa área.
Ao dizer
que a UFMA não se importa com o ensino médio e nada faz para melhorá-lo,
Labidi, por ignorância ou má fé, desconhece a importância da universidade e o
seu papel de coordenadora das ações e estratégias na formulação e implantação
de políticas para elevar o padrão de qualidade do ensino médio. A UFMA é a
grande articuladora e executora do Programa, que envolve hoje 700 escolas
públicas estaduais nos 217 municípios maranhenses, atingindo cerca de 14 mil
professores e coordenadores pedagógicos. O Maranhão é hoje o segundo estado do
Nordeste em número de bolsistas, atrás apenas da Bahia, graças ao protagonismo
da UFMA e a sua atuação no PNEM.
Sofiani
Labidi mostrou que também não conhece o Programa de Qualidade da Pós-Graduação,
Pesquisa e Inovação – PROQUALI, já que classificou de inútil a produção dos
pesquisadores da UFMA. O PROQUALI compreende uma série de ações voltadas,
principalmente, para a melhoria dos conceitos dos programas de pós-graduação,
por meio da melhoria física da infraestrutura, alocação de recursos humanos e
implantação, entre outras, de novas tecnologias educacionais nas práticas
pedagógicas dos programas, assim como o reconhecimento dos pesquisadores e
discentes da UFMA.
Ao
desqualificar os pesquisadores da UFMA, Labidi tenta negar o avanço da pesquisa
e da pós-graduação na universidade. Ou pior. Ataca para não reconhecer o
significativo salto de qualidade que a UFMA experimentou nos últimos sete anos,
quando passou de 42 projetos de pesquisa para 180, de doze cursos de mestrado
para 27 e de um de doutorado para nove. Até 2007, não havia um único registro
de patentes na UFMA. Hoje são trinta. Na iniciação científica, onde tudo
começa, o crescimento é ainda mais evidente. Saltou de 175 bolsistas para 568.
O
crescimento inquestionável da Universidade Federal do Maranhão que Sofiani
Labidi não quer enxergar é uma estratégia de campanha. Mas, no fundo, revela
profundo desprezo pela melhoria dos indicadores da UFMA, aos quais os seus
professores e pesquisadores se dedicam com tanto afinco. Postura nada
compatível com o que se espera de um gestor responsável e competente capaz de
consolidar os avanços obtidos e ir além do discurso para angariar
voto.
Ouça a entrevista aqui...
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