A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria
Municipal de Educação (Semed), reforçou o atendimento a estudantes com
deficiência com a implantação de 39 novas salas de recurso ao longo da atual
gestão. No início de 2013, a rede municipal de ensino dispunha de 77 salas de
recurso. Hoje, são 116 – um aumento de mais de 50% em dois anos.
As salas de recurso
multifuncionais são espaços construídos e mantidos pela Prefeitura de São Luís
para receber, no contraturno escolar, crianças e adolescentes com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Elas possibilitam atendimento educacional especializado e atendimento
individual para, a partir do conhecimento das necessidades específicas de cada
aluno, promover o estímulo adequado das áreas necessárias e potencializar o
aprendizado. Atualmente, a Prefeitura de São Luís atende a 730 estudantes
nesses espaços.
O secretário municipal de
Educação, Geraldo Castro Sobrinho, destacou o trabalho desenvolvido nas salas
de recurso e o empenho do prefeito Edivaldo em assegurar uma educação inclusiva
a todos os estudantes matriculados na rede escolar de São Luís. “Temos
promovido a otimização dos atendimentos na área de Educação Especial, bem como
aumentado progressivamente a oferta de cursos e oportunidades de formação na
área. O competente e dedicado trabalho desenvolvido pelos educadores que atuam
nas salas de recurso é mais um passo em direção à nossa meta, que é a de
melhorar cada vez mais a qualidade da educação oferecida pela rede municipal de
ensino de São Luís”, disse Geraldo Castro.
A ampliação no número de salas de
recurso veio a partir de uma parceria com o governo federal, por intermédio do
Ministério da Educação. Com a parceria, foram adquiridos kits de informática,
cada um com dois notebooks e uma impressora; e kits de material pedagógico, com
jogos de memória, alfabeto móvel, tapete alfabético, dominó em Libras e em
números, esquema corporal e kit de lupas. A Prefeitura de São Luís, por sua vez,
reforçou o quadro de professores das salas com a contratação de novos
profissionais mediante processo seletivo simplificado, disponibilizou
oportunidades de formação continuada e proporcionou espaço adequado nas escolas
para a implantação das salas.
ALTAS HABILIDADES
Victor Gabriel Marques Rios, 6
anos, estuda na Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Bernardina Spíndola, no
Centro. Identificado com altas habilidades aos três anos de idade, ele é
atendido na sala de recurso da U.E.B. Luís Serra, próxima à sua residência. Agora,
ele se prepara para iniciar um novo desafio: aprovado em 1º lugar no seletivo
de uma prestigiada escola particular de São Luís, o garoto recebeu uma bolsa de
estudos integral.
Vera Lúcia Marques Barbosa, mãe
de Victor Gabriel, diz que o trabalho desenvolvido nas salas de recurso foi
fundamental para o desenvolvimento integral do estudante, que aprendeu a ler
sozinho, com dois anos e dois meses, mas tinha dificuldades com a escrita,
coordenação motora e socialização. “Depois que o Victor começou a frequentar
esse espaço, ele desenvolveu a escrita, o relacionamento com os colegas e até
começou a organizar melhor seus horários para brincar e estudar”, comentou a
mãe. Foi da professora da sala de recursos a ideia de inscrever o filho em um
processo seletivo de escola particular. “Eu disse não várias vezes e foi a
professora da sala de recursos que me convenceu. Nunca imaginei que alguém da
minha família teria uma oportunidade como esta”, disse.
“Quando ele chegou aqui, aos três
anos, o vi certa vez parado de frente para um cartaz no pátio e parecia que
estava lendo, mas não dei muita atenção. Até que a professora dele, nos
primeiros dias de aula, nos chamou para dizer que tinha um aluno que já sabia
ler”, contou Ruth Pereira Rocha, coordenadora pedagógica da escola.
A matéria que Victor mais gosta
de estudar é matemática. “Eu já sei ler, então o que eu mais gosto de fazer
agora é brincar com os números”, diz o garoto. Ele diz que vai sentir falta dos
colegas da U.E.B. Bernardina Spíndola, mas conta que já visitou a nova escola e
gostou muito do ambiente e do parquinho, por causa do escorregador. “Quero
fazer muitos amigos, estudar e brincar muito na nova escola”, discorre Victor
Gabriel – de grande potencial e de muitos talentos.
SAIBA MAIS
A implantação das salas de
recursos passou a ser obrigatória a partir de 2008, quando foi aprovada a
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Atualmente, todos os sete núcleos geográficos em que está dividida a rede
municipal de ensino possuem escolas equipadas e com salas de recursos em
funcionamento. A Superintendência da Área de Educação Especial (SAEE) da Semed
possui uma equipe técnica de aproximadamente 50 profissionais que atuam nas
escolas para viabilizar ações que priorizem o atendimento às crianças e
adolescentes com necessidades educacionais especiais, bem como orientação e
acompanhamento das famílias desses alunos.
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