Dino e Rocha: líderes do movimento |
Em entrevista, Flávio Dino e Roberto
Rocha, duas das maiores lideranças políticas maranhenses, falaram sobre o
lançamento do projeto, as principais discussões que acontecerão neste final de
semana e sobre os rumos que o Maranhão precisa adotar para obter
desenvolvimento com igualdade social.
Confira abaixo a entrevista.
O que significa o movimento
Diálogos pelo Maranhão que será lançado na sexta em Imperatriz?
Flávio Dino: É um manifesto em favor do Maranhão.
O ponto de partida do que esperamos seja um processo de transformação do
Estado, consolidando um novo ciclo econômico com justiça social. Queremos ouvir
a população. Os Diálogos irão acontecer em todo o Estado, respeitando as
singularidades de cada região.
Roberto Rocha: Nós acreditamos que só dessa forma,
percorrendo todas as camadas sociais e segmentos organizados, identificando
pleitos e anseios, reverteremos o quadro atual de extrema pobreza e falta de
oportunidades, embora sejamos um Estado geograficamente bem posicionado e com
imensas riquezas naturais.
Como se organizará esse debate?
Flávio Dino: A partir de três eixos estratégicos
de visão de futuro: I. Maranhão da igualdade, II. Maranhão da democracia e III.
Maranhão do desenvolvimento. Nosso Estado é rico, mas sua riqueza não chega ao
povo. O Brasil retirou 40 milhões de pessoas da pobreza na ultima década e avança,
um progresso que impulsiona diferentes regiões, principalmente o Nordeste.
Estados como Pernambuco e Ceará dinamizam sua economia e enfrentam seu imenso
passivo social. O Maranhão não pode ficar para trás. Precisamos dar um basta
nesse atraso.
Há uma contradição no Maranhão?
Flávio Dino: Imensa. É essa contradição que as
forças da mudança se propõem a superar. Defender verdadeiramente o Maranhão
hoje significa lutar para eliminar esse descompasso entre o que somos e o que
podemos ser.
E qual será a síntese desse
processo?
Roberto Rocha: Um programa de governo
transformador, honesto e com propostas viáveis. Um programa de um governo
democrático e popular. Vamos juntos buscar novos caminhos. O pouco que o Estado
avançou até hoje se deve a ações do governo federal, aos investimentos privados
e ao trabalho do povo. O Governo do Estado é quem deve comandar o processo de
desenvolvimento do Maranhão.
Qual o foco desse movimento
Diálogos pelo Maranhão?
Flávio Dino: Geração de riqueza e trabalho para
todos. Isso se consegue com gestão moderna, eficiente e transparente no uso dos
recursos públicos. Precisamos de desenvolvimento, aproveitando as vocações
econômicas derivadas da agricultura, da pecuária, do extrativismo e da pesca,
para, a partir daí, termos uma política industrial democrática. Mas a pauta
social é também extensa: garantir ensino público de qualidade nos diferentes
níveis, melhoria da saúde, moradia e saneamento; bem como o combate à violência
e à criminalidade. Há muito por fazer. E faremos juntos.
Qual o DNA do atraso?
Roberto Rocha: O domínio oligárquico. O Estado não
pode ser propriedade de grupos. Temos que romper essa tradição nefasta. A
alternância no poder é algo muito saudável e natural. Mudar faz parte do jogo
democrático e do ciclo da vida. Chegou a vez do povo maranhense. A necessidade
de transformação se capta nas ruas. O cidadão quer e precisa de mais.
Acreditamos que a ponte para o novo começa no jeito de fazer política e na
forma como é construída.
E você acredita que se rompe
esse modelo com os Diálogos? Por quê?
Roberto Rocha: Porque esse movimento não é de um
partido ou grupo político apenas. O sentimento inspirador e criador é ser a
favor do Maranhão. Vamos trabalhar para virar a página da injustiça social e do
abandono. Vamos recomeçar a nossa história, escrevendo cada capítulo, agora, a
muitas mãos e com muitos sonhos. Esse manifesto é um convite aberto a todos.
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