Após
17 anos em operação produzindo ferro-gusa no município de Bacabeira, a Margusa
encerrou suas atividades e mais de 500 trabalhadores diretos perderam o
emprego. A empresa se junta à Companhia Siderúrgica do Maranhão (Cosima), em
Pindaré-Mirim, e Ferro Gusa do Maranhão (Fergumar), em Açailândia, que
paralisaram as atividades por causa da crise do setor.
A
Margusa, que produzia em torno de 240 mil toneladas por mês, funcionava com
dois altos-fornos. Mas a empresa não suportou o agravamento da crise que vem se
arrastando desde 2008, sendo obrigada, então, a paralisar suas atividades por
causa da falta de mercado para o ferro-gusa, matéria-prima do aço, e também
pela baixa no valor do produto.
Segundo
o secretário do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Maranhão
(Sifema), Cláudio Azevedo, para cada emprego gerado na siderúrgica, cinco são
criados em outras áreas da cadeia produtiva – plantio e colheita de eucalipto,
produção de carvão, transporte. Ou seja, cerca de 2.500 empregos diretos indiretos
foram eliminados.
Ontem,
Cláudio Azevedo estava em Açailândia, onde a crise também se agrava. Ainda
estão operando, mas com apenas 30% de sua capacidade produtiva, as siderúrgicas
Gusa Nordeste, Viena, Pindaré e Guarani (antiga Simasa).
Demissões
– De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de
Açailândia e Região (Stima), desde janeiro mais de 150 empregados foram
demitidos pelas guserias instaladas no município.
“O
polo siderúrgico de Açailândia possuia, em 2007, em torno de 6 mil empregados
diretos. Com a crise [iniciada em 2008], esse número caiu para 3 mil e hoje tem
pouco mais de 2.200 empregados de forma direta”, contabilizou o presidente do
Stima, Jarles Adelino.
Com edição
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