Após reuniões
com a direção da Superintendência Regional do Incra no Maranhão, cerca de 300
trabalhadores rurais, ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra
(MST) deixaram na tarde da última quarta-feira (11), a sede da autarquia, onde
estavam acampados desde segunda-feira (9). Essa mobilização fez parte da
Jornada Nacional de Luta das Mulheres camponesas, em razão do Dia Internacional
da Mulher.
Para dar
prosseguimento ao que foi definido na reunião, foi agendado um novo encontro,
na próxima segunda-feira (16), com as lideranças do movimento para análise e
busca da melhor forma de atender as demandas apresentadas.
O diálogo foi
a palavra que deu o tom aos debates. As principais reivindicações do movimento
foram: desapropriação de imóveis rurais, soluções para acampamentos e conflitos
agrários, vistorias em imóveis passíveis de destinação à reforma agrária,
infraestrutura, assistência técnica e habitação.
O
superintendente do Incra/MA, Jowberth Alves, informou que o planejamento das
ações da autarquia será elaborado e enviado para o Incra Nacional com as
demandas de todos os movimentos e entidades dos trabalhadores rurais. Ele falou
sobre as medidas que estão sendo implementando na Superintendência e como
pretende atuar para que as ações de reforma e desenvolvimento agrário cheguem
com mais agilidade e qualidade aos trabalhadores rurais. “Vamos trabalhar de
forma integrada, conjunta, tanto entre os setores do Incra/MA, quanto com as
representações dos agricultores”, afirma.
O coordenador
do MST, Elias Araújo, demonstrou confiança na forma como a nova direção do
Incra no Maranhão está conduzindo o órgão. “Esperamos construir uma agenda
conjunta com o Incra e outras Instituições para garantir direitos dos
trabalhadores rurais e desburocratizar o acesso deles aos programas do governo
federal”.
Reuniões
No período da
manhã apenas a coordenação do MST esteve reunida com a direção do Incra/MA, com
questões exclusiva ao Incra, como desapropriações, acampamentos, vistorias de
imóveis rurais, conflitos agrários, entre outros.
Já à tarde, os
debates envolveram todos os 200 trabalhadores rurais acampados e representantes
da Caixa Econômica Federal, da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário,
Banco do Nordeste, Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma) e
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em torno dos temas: Minha Casa
Minha Vida, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf) e infraestrutura nos assentamentos. As reuniões no Incra/MA
estenderam-se até às19h. Na quarta-feira (11), antes de partirem, os
trabalhadores tiveram audiência com o governo do estado.
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