Com
o objetivo de construir um planejamento participativo com os movimentos sociais
ligados aos trabalhadores rurais, a direção da Superintendência Regional do
Incra no Maranhão reuniu-se, nesta quinta-feira (26) com coordenadores do
Movimento Interestadual das Quebradeira de Coco Babaçu (MIQCB) e Associação em
Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema). Essa reunião fez parte
das novas diretrizes adotadas pela autarquia no estado.
Na
ocasião, o superintendente regional do Incra/MA, Jowberth Alves, falou das
principais linhas de atuação do Instituto na sua gestão, entre elas, o diálogo
e a participação ativa dos movimento sociais na elaboração do planejamento do
órgão. “Vamos instalar uma mesa de discussão periódica para planejamento e
avaliação das ações”, afirmou o superintendente
Outros
pontos apresentados para a condução da reforma agrária no Maranhão foram a
qualificação dos projetos de assentamento, o georreferenciamento e a ampliação
de parcerias com o Governo do Estado. “Uma das nossas metas é iniciar este ano
o georreferenciamento dos assentamentos, definindo os lotes, para que se tenha
um cenário real e, assim, fazer um planejamento mais eficiente“, afirmou o
superintendente, acrescentando que “queremos com essas medidas levar
políticas públicas para o maior número de famílias possíveis”.
A
partir daí, o MIQCB e a Assema, entidades ligadas às mulheres rurais, foram
convidados a apresentarem suas demandas para discussão e inclusão no
planejamento do Incra/MA. Algumas ações foram sugeridas para atuação conjunta,
entre elas: Implantação de infraestrutura nos assentamentos, como estradas,
habitação e água; o acesso a crédito agrícola; Pronaf Mulher e a educação via
Programa Nacional de Educação na Reforma agrária (Pronera).
A
coordenadora da Assema, Silvanet Matos Carvalho, disse ser interessante a
proposta do Incra e falou de alguns projetos de desenvolvimentos que a entidade
já realiza nos assentamentos. “Vamos filtrar essa proposta no movimento e ver o
que o Incra pode estar caminhando conosco”, afirmou.
Já
a representante do MIQCB e coordenadora da Cooperativa Interestadual de
Mulheres quebradeiras de Coco Babaçu (CIMQCB) com atuação na Baixada
Maranhense, Maria do Rosário Soares Ferreira, citou as questões enfrentadas por
comunidades quilombolas, entre elas Bom Jesus, no município de Matinha. “Muito
boa a proposta apresentada e a abertura que o Incra está dando para se discutir
os problemas”, disse a coordenadora, destacando a necessidade de regularização
de territórios quilombolas e a importância da preservação dos recursos naturais
da Região.
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