quarta-feira, 15 de julho de 2015

Othelino Neto diz que Roberto Rocha será fiel aos seus aliados

O entrevistado do programa Avesso, da TV Guará,  de terça-feira (14) foi o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB). Ele falou sobre as movimentações em torno da CPI da Saúde e analisou o cenário político com vistas às eleições municipais, sobretudo, em São Luís, onde garantiu que estará em sintonia com o PCdoB e com as alianças firmadas pela manutenção da coerência política.
Às vésperas do recesso do legislativo, os deputados cumprem os trâmites para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa investigar a administração anterior da Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Maranhão.
Sobre as recentes movimentações visando à sucessão municipal, Othelino foi cauteloso e defendeu coerência política em torno das alianças e/ou candidaturas.
Na entrevista ao jornalista Américo Azevedo, Othelino disse que a iniciativa dos deputados Rafael Leitoa (PDT) e Fernando Furtado (PCdoB) é uma mobilização de grande aceitação pelos colegas, uma vez que 29 assinaram de pronto a solicitação de CPI. “Isso demonstra um desejo da Casa de saber o que aconteceu nestes quatro anos, na gestão da Saúde. Auditorias e relatórios acabaram gerando esta curiosidade da Assembleia”, comentou.
Segundo Othelino, os membros da CPI chamarão todos aqueles que julgarem necessário convocar e se, em algum momento avaliar que seja preciso trazer o ex-secretário Ricardo Murad, ele será convocado. “O ex-deputado tem um estilo muito agressivo. Por vezes, passou do limite em inúmeros casos, inclusive com a hoje aliada, a ex-governadora Roseana Sarney, cunhada dele, com quem, inclusive, chegou a ser deselegante”, disse.
Othelino afirmou, durante a entrevista, que a Assembleia Legislativa é uma instituição política e a CPI é feita por políticos, o que não quer dizer que o trabalho de investigação vá desvirtuar valores e critérios técnicos por conta da política.
Eram necessárias apenas 14 assinaturas para instalar a CPI, mas 29 assinaram e mais dois ausentes afirmaram que, caso estivessem no plenário, manifestariam apoio. Agora o requerimento foi lido em plenário, nesta quarta-feira (15), e os líderes vão definir os sete titulares e os sete suplentes da Comissão, além do presidente e do relator. Os deputados têm 120 dias para apresentar o relatório final da investigação.
Sobre eleições municipais
Sobre as recentes movimentações visando à sucessão municipal, Othelino foi cauteloso e defendeu uma coerência política em torno das alianças e/ou candidaturas que surgirem do grupo político do qual faz parte. Durante a entrevista, o deputado reiterou que a tendência do PCdoB é de se manter na coligação do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr, que é natural pré-candidato à reeleição, e, desta forma, acompanhará o seu partido.
Por diversas vezes, Othelino foi questionado na entrevista sobre uma possível candidatura do senador Roberto Rocha (PSB) à Prefeitura de São Luís. Em todas as respostas, o parlamentar frisou que o respeita muito, que o mesmo tem o direito de pleitear isso, que o ex vice-prefeito tem qualificações, mas que acredita que ele será fiel aos seus aliados. Porém, o deputado disse que, se por ventura, o pessebista for mesmo para a disputa, desta vez, infelizmente, não contará com o seu apoio, frisando que já votou no aliado por diversas vezes, mas que, em 2016, acompanhará a decisão de seu partido e grupo político.
“O senador Roberto Rocha tem que cumprir um compromisso com o povo do Maranhão que é exercer bem o mandato de senador; é isso que nós que votamos nele esperamos: que ele faça um bom mandato de senador”, comentou em um momento da entrevista.
Othelino disse acreditar que o senador Roberto Rocha vai ser fiel àquilo que se propôs e, principalmente, naquilo que o povo do Maranhão acreditou. “O senador Roberto Rocha foi eleito numa ampla coligação; o governador Flávio Dino foi decisivo na eleição dele. No final da campanha, passou a se dedicar mais à eleição de senador do que à dele próprio”, lembrou.
Sobre o Governo Roseana
“Eu preciso admitir que por mais que nós fizéssemos uma oposição combativa e responsável, não imaginávamos que eles fizeram tão mal ao Maranhão, como nós percebemos quando passamos a estar no governo. A gente já sabia que eles tinham feito muito mal, mas do governo a gente percebeu que eles saquearam o Maranhão”.


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