O entrevistado do programa Avesso, da TV Guará, de terça-feira
(14) foi o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado
Othelino Neto (PCdoB). Ele falou sobre as movimentações em torno da CPI da
Saúde e analisou o cenário político com vistas às eleições municipais,
sobretudo, em São Luís, onde garantiu que estará em sintonia com o PCdoB e com
as alianças firmadas pela manutenção da coerência política.
Às vésperas do recesso do legislativo, os deputados cumprem os trâmites
para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa
investigar a administração anterior da Secretaria Estadual da Saúde (SES) do
Maranhão.
Sobre
as recentes movimentações visando à sucessão municipal, Othelino foi cauteloso
e defendeu coerência política em torno das alianças e/ou candidaturas.
Na entrevista ao jornalista Américo Azevedo, Othelino disse que a
iniciativa dos deputados Rafael Leitoa (PDT) e Fernando Furtado (PCdoB) é uma
mobilização de grande aceitação pelos colegas, uma vez que 29 assinaram de
pronto a solicitação de CPI. “Isso demonstra um desejo da Casa de saber o que
aconteceu nestes quatro anos, na gestão da Saúde. Auditorias e relatórios
acabaram gerando esta curiosidade da Assembleia”, comentou.
Segundo Othelino, os membros da CPI chamarão todos aqueles que julgarem
necessário convocar e se, em algum momento avaliar que seja preciso trazer o
ex-secretário Ricardo Murad, ele será convocado. “O ex-deputado tem um estilo
muito agressivo. Por vezes, passou do limite em inúmeros casos, inclusive com a
hoje aliada, a ex-governadora Roseana Sarney, cunhada dele, com quem,
inclusive, chegou a ser deselegante”, disse.
Othelino afirmou, durante a entrevista, que a Assembleia Legislativa é
uma instituição política e a CPI é feita por políticos, o que não quer dizer
que o trabalho de investigação vá desvirtuar valores e critérios técnicos por
conta da política.
Eram necessárias apenas 14 assinaturas para instalar a CPI, mas 29
assinaram e mais dois ausentes afirmaram que, caso estivessem no plenário,
manifestariam apoio. Agora o requerimento foi lido em plenário, nesta
quarta-feira (15), e os líderes vão definir os sete titulares e os sete
suplentes da Comissão, além do presidente e do relator. Os deputados têm 120
dias para apresentar o relatório final da investigação.
Sobre
eleições municipais
Sobre as recentes movimentações visando à sucessão municipal, Othelino
foi cauteloso e defendeu uma coerência política em torno das alianças e/ou
candidaturas que surgirem do grupo político do qual faz parte. Durante a
entrevista, o deputado reiterou que a tendência do PCdoB é de se manter na
coligação do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr, que é natural
pré-candidato à reeleição, e, desta forma, acompanhará o seu partido.
Por diversas vezes, Othelino foi questionado na entrevista sobre uma
possível candidatura do senador Roberto Rocha (PSB) à Prefeitura de São Luís.
Em todas as respostas, o parlamentar frisou que o respeita muito, que o mesmo
tem o direito de pleitear isso, que o ex vice-prefeito tem qualificações, mas
que acredita que ele será fiel aos seus aliados. Porém, o deputado disse que,
se por ventura, o pessebista for mesmo para a disputa, desta vez, infelizmente,
não contará com o seu apoio, frisando que já votou no aliado por diversas
vezes, mas que, em 2016, acompanhará a decisão de seu partido e grupo político.
“O senador Roberto Rocha tem que cumprir um compromisso com o povo do
Maranhão que é exercer bem o mandato de senador; é isso que nós que votamos
nele esperamos: que ele faça um bom mandato de senador”, comentou em um momento
da entrevista.
Othelino disse acreditar que o senador Roberto Rocha vai ser fiel àquilo
que se propôs e, principalmente, naquilo que o povo do Maranhão acreditou. “O
senador Roberto Rocha foi eleito numa ampla coligação; o governador Flávio Dino
foi decisivo na eleição dele. No final da campanha, passou a se dedicar mais à
eleição de senador do que à dele próprio”, lembrou.
Sobre
o Governo Roseana
“Eu preciso admitir que por mais que nós fizéssemos uma oposição
combativa e responsável, não imaginávamos que eles fizeram tão mal ao Maranhão,
como nós percebemos quando passamos a estar no governo. A gente já sabia que
eles tinham feito muito mal, mas do governo a gente percebeu que eles saquearam
o Maranhão”.
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