quarta-feira, 12 de março de 2014

Derrota do PT na Câmara Federal: oposição comemora aprovação de comissão que vai investigar a Petrobras

A oposição comemorou a aprovação de criação de uma comissão externa para investigar a administração da Petrobras. Por 267 votos a 28 e 15 abstenções, o plenário da Câmara Federal aprovou a matéria ontem (11).
O deputado Simplício Araújo considerou a aprovação uma vitória do povo brasileiro. “Um marco importante da questão política. A presidente Dilma não teve habilidade para executar obras estruturantes que tanto o país necessita. E assim, compromete o futuro do país. Demonstra ainda sua inabilidade da condução política. Não se pode culpar apenas o PMDB nesta relação, pois eles de alguma forma foram alimentados pelo governo em diversas demandas, algumas inclusive de interesse apenas do partido”, ressaltou.
Segundo a oposição, há denúncias de que a empresa SBM Offshore, com sede na Holanda, teria pago propina a funcionários de petroleiras de diversos países, entre as quais a Petrobras, para conseguir contratos de locação de plataformas petrolíferas entre os anos de 2005 e 2012. O ato foi denunciado por ex-funcionário da empresa holandesa e já faz parte de investigação do Ministério Público da Holanda.
Ao final da votação, Simplício pediu a palavra e disse que “num regime democrático, a coalizão partidária é importante e salutar, sobretudo quando essa união é formada para a defesa das pautas de interesse da população. Com essa derrota de hoje, a presidente recebe um atestado de incapacidade para tratar uma relação que sustentou seu governo e garantiu o poder ao PT até hoje”. Para o parlamentar, a derrota pode ter desfecho imprevisível, pois reacende a chama da independência da Casa em relação ao governo federal.
A comissão vai ainda investigar contrato firmado entre a Petrobrás e a Construtora Odebrecht, em 2010, no valor de US$ 825.600.000,000, objeto de investigação no Tribunal de Contas da União por suspeita de superfaturamento. E também investigar a compra e venda de ativos no exterior da Petrobrás, os ativos envolvendo as refinarias de Passadena, nos EUA, os ativos e ações de Pesa, na Argentina e os ativos e participações dos blocos de petróleo na África e no Golfo


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