sexta-feira, 14 de março de 2014

Governadora Roseana Sarney descarta Arnaldo Melo

Azedou de vez as relações entre os palácios dos Leões e Manoel Bequimão. As insinuações da governadora Roseana Sarney de que deve ficar até o final do mandato para terminar as obras iniciadas em sua administração já começa provocar o afastamento do presidente da Assembleia Legislativa da pré-campanha do candidato Luís Fernando.

As declarações, feita na tarde de ontem na Rádio Mirante AM, foram interpretadas nos bastidores do Poder Legislativo como mais uma forma de pressionar Arnaldo Melo aceitar o jogo que está sendo imposto pela governadora: a eleição indireta de Luís Fernando, caso ela renuncie ao mandato para disputar o Senado Federal.

Rejeitado em sua legítima pretensão de substituí-la no comando do estado por nove meses, Arnaldo Melo furou o compromisso que teria com Fernando Silva na última quarta-feira, quando seriam assinados uma série de ordem de serviços de pavimentação de estradas no Sertão Maranhense, região onde Melo possui suas bases eleitorais.

O presidente da Assembleia simplesmente não apareceu e nem mandou justificativa, certamente contrariado com a rejeição do seu nome pela governadora, que resolveu nem recebê-lo mais em Palácio, em decorrência da “rebeldia”.

Em conversa informal com profissionais de imprensa esta semana, Arnaldo chegou a anunciar que seria a “bola da vez”, o que teria irritado Roseana, que deseja impor Luís Fernando a qualquer custo para ver se ele, no cargo, consegue reverter o quadro altamente desfavorável. Atualmente, o pré-candidato, embora esteja em campanha a quase um ano, não consegue chegar sequer ao patamar de 15% de intenção de votos.  

Diante da decisão de Arnaldo não abrir mão de assumir pelo restante do mandato, Roseana ligou para a Rádio Mirante na tarde de ontem para anunciar que deve ficar, deixando claro que o grupo a qual lidera não tem plano para o presidente da Assembleia e que, se ele insistir em ser governador além dos trinta dias que a constituição lhe assegura,  acontecerá o que o ex-deputado Joaquim Haickel previu em artigo: “ficará sem mel e sem cabaça”, ou seja, além de não assumir o governo, ainda perderá a presidência da Casa, no caso de uma improvável vitória de Fernando.


Blog do Jorge Vieira

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