A
oposição comemorou a aprovação de criação de uma comissão externa para
investigar a administração da Petrobras. Por 267 votos a 28 e 15 abstenções, o
plenário da Câmara Federal aprovou a matéria ontem (11).
O
deputado Simplício Araújo considerou a aprovação uma vitória do povo
brasileiro. “Um marco importante da questão política. A presidente Dilma não
teve habilidade para executar obras estruturantes que tanto o país necessita. E
assim, compromete o futuro do país. Demonstra ainda sua inabilidade da condução
política. Não se pode culpar apenas o PMDB nesta relação, pois eles de alguma
forma foram alimentados pelo governo em diversas demandas, algumas inclusive de
interesse apenas do partido”, ressaltou.
Segundo
a oposição, há denúncias de que a empresa SBM Offshore, com sede na Holanda,
teria pago propina a funcionários de petroleiras de diversos países, entre as
quais a Petrobras, para conseguir contratos de locação de plataformas
petrolíferas entre os anos de 2005 e 2012. O ato foi denunciado por
ex-funcionário da empresa holandesa e já faz parte de investigação do
Ministério Público da Holanda.
Ao
final da votação, Simplício pediu a palavra e disse que “num regime
democrático, a coalizão partidária é importante e salutar, sobretudo quando
essa união é formada para a defesa das pautas de interesse da população. Com
essa derrota de hoje, a presidente recebe um atestado de incapacidade para
tratar uma relação que sustentou seu governo e garantiu o poder ao PT até
hoje”. Para o parlamentar, a derrota pode ter desfecho imprevisível, pois
reacende a chama da independência da Casa em relação ao governo federal.
A
comissão vai ainda investigar contrato firmado entre a Petrobrás e a
Construtora Odebrecht, em 2010, no valor de US$ 825.600.000,000, objeto de
investigação no Tribunal de Contas da União por suspeita de superfaturamento. E
também investigar a compra e venda de ativos no exterior da Petrobrás, os
ativos envolvendo as refinarias de Passadena, nos EUA, os ativos e ações de
Pesa, na Argentina e os ativos e participações dos blocos de petróleo na África
e no Golfo
Agora vai....
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