Após
ser reeleita com 51,6% dos votos válidos, na disputa mais apertada da história,
a presidente Dilma Rousseff discursou para uma militância inflamada em um hotel
de Brasília na noite deste domingo (26). Na fala (leia a íntegra ), Dilma
defendeu a reforma política por meio de um plebiscito.
“Vamos
encontrar a força e a legitimidade exigida nesse momento de transformação para
levar à frente a reforma politica. Quero discutir isso com o Congresso Nacional
e com toda a sociedade brasileira”, disse a presidente reeleita.
Dilma
também se comprometeu a punir casos de corrupção. “Terei um compromisso
rigoroso com o combate à corrupção e com a proposição de mudanças na legislação
atual para acabar com a impunidade, que é protetora da corrupção”, disse
durante a fala, em Brasília.
“Ao
longo da campanha, anunciei medidas que serão importantes para a sociedade e
para o país enfrentarem a corrupção e acabar com a impunidade”, acrescentou.
ECONOMIA
Na
área econômica, Dilma afirmou querer combater o aumento da inflação. “Seguirei
combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade
fiscal. Antes mesmo do início do meu próximo governo eu prosseguirei nesta
tarefa”, disse.
Durante
seu discurso, Dilma afirmou que quer ser uma “presidente muito melhor do que
foi até agora”. “Quero ser uma pessoa melhor do que tenho me esforçado por ser.
Esse sentimento de superação deve não só impulsionar o governo mas toda a
nação”, disse.
No
início de sua fala, Dilma agradeceu o apoio de Lula que foi saudado pela
militância com um grito de “Lula eu te amo”. Em todas os momentos em que foi
citado, Lula foi mais exaltado do que Dilma. Com a militância exaltada, a
própria Dilma pediu silêncio aos presentes. “Minha voz se foi. Estou aqui com
um restinho de voz. Peço que vocês me ajudem. Peço uma força à vocês”, disse.
Ao final, os militantes cantaram o hino nacional.
DIÁLOGO
Em
sua fala, Dilma reconheceu que precisa dialogar mais com diversos setores da sociedade.
“Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e todos os brasileiros para nos
unirmos em favor da nossa pátria, do nosso país, do nosso povo. Não acredito,
sinceramente, que essas eleições tenham dividido o país ao meio”, disse.
Para
a petista, a “energia mobilizadora” das eleições precisa ser convertida em um
“entendimento comum” com fazer o país avançar. “Algumas vezes na nossa
história, resultados apertados produziram mudanças mais fortes e rápidas”,
disse.
A
defesa do diálogo e da união entre os brasileiros é uma tentativa deminimizar
as consequências do duro embate travado entre Dilma e seu adversário, o senador
Aécio neves (PSDB) no segundo turno das eleições, marcado por acusações mútuas
de corrupção e de falta de preparo para gerenciar o país.
Muito
criticada em sua gestão por não dialogar com setores essenciais, inclusive com
os movimentos sociais, Dilma enfatizou que está aberta ao diálogo. “Estou
disposta a abrir um grande espaço de dialogo com todos os setores da sociedade
para encontrarmos solução mais rápida para nossos problemas.
Dilma
discursou ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do
vice-presidente, Michel Temer, e dos presidentes dos partidos da sua coligação:
Rui Falcão (PT), Carlos Lupi (PDT), José Renato Rabelo (PC do B), Ciro Nogueira
(PP), Vitor Paulo (PRB), Antônio Carlos Rodrigues (PR), Kassab (PSD), Eurípedes
Júnior (Pros).
Folha de São Paulo
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