Roseana tonta, apela para arrogância |
JÚNIA GAMA – O Globo - O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, que estava analisando as denúncias de violação dos direitos humanos nos
presídios do Maranhão, decidiu que irá pedir intervenção federal no estado,
segundo autoridades que conversaram com o procurador. Nos próximos dias, Janot
irá enviar o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela decisão
final. O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, terá de relatar o processo, que
depois é levado a julgamento pelo plenário do Supremo.
A
ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que tomou
conhecimento das atrocidades praticadas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas
em meados de dezembro passado, foi vetada pela governadora Roseana Sarney de ir
ao Maranhão tratar o assunto. Hoje ela coordena reunião do Conselho de Defesa
dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) para debater a crise de segurança no
Maranhão.
Enquanto
isso, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está em São Luís, a pedido
da presidente Dilma Rousseff, para tratar a permanência da Força Nacional de
Segurança no complexo e a transferência de presos para unidades federais fora
do Maranhão.
Rodrigo Janot já fez o pedido de intervenção no estado |
Em
dezembro, Rodrigo Janot havia enviado ofício à governadora Roseana Sarney,
pedindo informações atualizadas sobre a situação do sistema carcerário do
estado. Após análise das informações e o do agravamento da crise, com mais
mortes no início deste ano, Janot decidiu ser necessário pedir a intervenção
federal no estado no STF.
Segundo
as regras da Corte, a intervenção federal afasta temporariamente a ,autonomia
do estado. O Presidente do Supremo é o relator dos pedidos de intervenção
federal e, antes de levar o processo a julgamento, ele pode tomar providências
que lhe pareçam adequadas para tentar resolver o problema administrativamente.
Caso avalie que isso não é possível, o processo prossegue, sendo ouvida a
autoridade estadual e o procurador-geral da República. Depois, o processo é levado
a plenário.
Julgado
procedente o pedido, o presidente do Supremo deve comunicar a decisão aos
órgãos do Poder Público interessados e requisitar a intervenção ao presidente
da República, que deverá, por meio de um decreto, determinar a medida. O
decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de
execução, será apreciado pelo Congresso Nacional em 24 horas. Nos casos de
desobediência à decisão judicial ou de representação do procurador-geral da
República, essa apreciação fica dispensada.
Somente
no ano passado, 50 pessoas morreram em um único presídio – o Complexo
Penitenciário de Pedrinhas -, em São Luís, capital do estado. Na terça-feira
passada, um conflito entre membros da mesma facção no Centro de Detenção
Provisória resultou na morte de cinco presos. Três deles foram decapitados. No
final do ano, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), presidido por
Janot, e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido pelo ministro Joaquim
Barbosa, enviaram representantes aos presídios do Maranhão para realizar uma
inspeção.
O que mais me chamou a atenção, é a cara de incredulidade do ministro, devia ta pensando: como essa mulher é cínica.
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