segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

GOVERNO FEDERAL X LATIFUNDIÁRIOS: índios e trabalhadores rurais são usados como “bucha-de canhão” para defender interesses nas terras Awá-Guajá

Awá-Guajá são usados pelo governo

Índios Awá-Guajá  e pequenos trabalhadores rurais que sobrevivem   da agricultura de subsistência, principalmente do cultivo da mandioca, estão sendo   usados como “bucha de canhão” no conflito de terra do município de São João do Caru. São 116 mil hectares, onde o Governo Federal usa como pretexto,  cerca de 33 índios, para manter a área sob domínio da União.
pequenos agricultores no meio do fogo cruzado
Do outro lado os grandes latifundiários e a indústria  extração ilegal da madeira  usam os pequenos agricultores para manter suas grandes extensões de latifúndio dentro da área em litígio. Só na área em disputa tem fazendeiros, em média,  com propriedades que variam entre  de 3 mil a 5 mil hectares cada uma.
Os latifundiários  não vêm para a linha de frente, mas usam os lavradores  para resistirem  a presença das tropas do Exército  Brasileiro  que estão na área com uma ordem judicial do juiz federal Jose Carlos do Vale Madeira para expulsar os  não índios. São famílias que plantam mandioca para seu  sustento   há 25 anos. Muitos deles com seus ancestrais já sepultados nas proximidades.
Madeira: juiz maranhense: autor da ordem judicial
A desintrusão da área, neologismo inventado para minimizar o impacto da operação, deve expulsar 1.200 famílias, somando no total mais    6.000 pessoas. O mais grave da operação é que o Governo Federal  enviou tropas do Exército para cumprir a ordem judicial do juiz federal José Carlos do Vale Madeira sem antes definir o destino das famílias.
  Na semana passada, por pressão de entidades ligadas aos trabalhadores rurais, a superitendência do Incra no Maranhão lançou um edital para aquisição de uma área para assentar  essas famílias.  Só que o desinteresse do Governo Dilma é tão latente que ninguém acredita que isso possa acontecer. Até porque a burocracia não permite que isso aconteça assim tão rápido.
Logo o  Governo Federal que poderia dar exemplo faz tudo errado.
tropas do Exército tiveram que recuar na missão
 Já que existia essa ordem judicial para ser cumprida, o certo seria enviar as tropas só depois que o governo tivesse um local com o mínimo de dignidade para essas pessoas. A trapalhada do Governo foi tão grande que as tropas enviadas para cumprir a ordem judicial tiveram que recuar na missão de expulsar os trabalhadores. Pegou mal! O medo é de acontecer muito derramamento de sangue.

Até agora a única certeza  para  essas 6 mil pessoas é entrar para estatística negativa  engrossando  as fileiras do êxodo rural, vindo se alojar nos bolsões de miséria das grande cidades, aumentando os índices  violência nos centros urbanos.

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