Neto faz parte da comissão que defende os agricultores |
O
deputado Neto Evangelista (PSDB) recebeu ontem garantias da Justiça Federal de
que a retirada das mais de mil famílias da reserva Awá-Guajá nos municípios de
Zé Doca, São João do Carú e Governador Newton Bello só será realizada a partir
do dia 9 de março.
O
prazo anterior para que as famílias saíssem espontaneamente terminaria no
próximo dia 24.
- Este novo prazo é para que o INCRA encontre lugar para essas
pessoas morarem, mas o tempo é curto - disse Evangelista, que é membro do
Comitê de Desintrusão das terras indígenas.
Desintrusão
é o termo como a Justiça Federal chama a retirada das famílias das terras que
entende pertencer apenas aos índios.
O
Exército está na área desde janeiro para promover a desintrusão.
De
acordo com o deputado do PSDB, é fundamental que o Governo do Estado participe
do processo.
1200 famílias que não tem para onde ir |
- Precisamos imediatamente que a Governadora intervenha; ou com
aquisição de terras por parte do ITERMA na mesma região, ou com um pedido ao
Ministro da Justiça para que a decisão seja suspensa, que me parece no momento
ser a decisão mais sensata - ponderou.
A
decisão da Justiça Federal para retirar as famílias de agricultores se baseou
em um laudo de uma antropóloga da Funai.
- Sem a interferência do governo, vamos correr o risco de ver mais
um derramamento de sangue no nosso Estado, porque o que percebi na reunião é
que a FUNAI quer logo executar a sentença - advertiu o parlamentar.
Além
de Neto Evangelista, também participou da reunião o deputado Carlinhos Amorim
(PDT)…
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