O administrador de empresas Eduardo Lago,
ou Ted Lago, como é conhecido, assumirá a presidência da Empresa Maranhense de
Administração Portuária (Emap). Ted Lago, formado com pós-graduação em
Planejamento e Finanças (PUC-RJ) e em Gestão e Processos Industriais na Deomens
Schule (Munique – Alemanha), atualmente é o presidente do Conselho Deliberativo
do ICE-MA.
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A Emap é fundamental para o desenvolvimento do Maranhão, mas atende muito pouco
à população. Qual será a diretriz da Emap sob nova direção?
Estamos dando os primeiros passos na transição. Sem dúvidas, o porto do Itaqui é um vetor importante para o desenvolvimento do Maranhão, como um diferencial de atração de novos investimentos. O papel da Emap é dar condições para o recebimento de bens e insumos e o escoamento de produtos primários ou industrializados. Ela não faz isso sozinha. O faz através de uma série de stakeholders, ou “atores”, digamos assim, que exercem no Porto do Itaqui, suas atividades. Operadores portuários, agências marítimas, empresas de navegação, trabalhadores através do Órgão Gestor de Mão de Obras (OGMO), Tradings, e os clientes que vendem e compram as mercadorias que chegam e partem pelo porto. Todos eles são geradores de empregos. Creio que a população se beneficiará quanto mais empregos forem gerados no Maranhão, pelo fato do Porto do Itaqui ter dado condições de oportunidade de negócios e investimento.
Estamos dando os primeiros passos na transição. Sem dúvidas, o porto do Itaqui é um vetor importante para o desenvolvimento do Maranhão, como um diferencial de atração de novos investimentos. O papel da Emap é dar condições para o recebimento de bens e insumos e o escoamento de produtos primários ou industrializados. Ela não faz isso sozinha. O faz através de uma série de stakeholders, ou “atores”, digamos assim, que exercem no Porto do Itaqui, suas atividades. Operadores portuários, agências marítimas, empresas de navegação, trabalhadores através do Órgão Gestor de Mão de Obras (OGMO), Tradings, e os clientes que vendem e compram as mercadorias que chegam e partem pelo porto. Todos eles são geradores de empregos. Creio que a população se beneficiará quanto mais empregos forem gerados no Maranhão, pelo fato do Porto do Itaqui ter dado condições de oportunidade de negócios e investimento.
2 – É pela Emap que passam as grandes
riquezas do Brasil e este foi um dos temas de campanha de Flávio Dino. Fazer
com que nossas riquezas se transformem em melhoria para a população. O que o
senhor pretende fazer para que o seu trabalho na Emap tenha também esse viés
social?
O primeiro passo é buscar tornar o porto mais eficiente, ouvindo e dialogando
com todos aqueles que atuam nele, citados na resposta anterior, e atuar nos
gargalos. São eles que estão no dia a dia da atividade fim, entendem os
problemas e dificuldades encontradas na operação. Com essas melhorias,
atrairemos novos clientes, consolidando o Porto do Itaqui como ponto
preferencial de escoamento da produção do corredor centro norte, que inclui os
estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, e
outros. Atuando em parceria com secretarias como Indústria e Comércio,
Agricultura e Pecuária, integrando o pequeno produtor rural, a agricultura
familiar e o agronegócio para suprir aquela que será a grande demanda do mundo,
alimentos, na forma de proteína animal, vegetal e grãos, de forma primária ou
industrializada.
O desenvolvimento econômico trará o desenvolvimento social. A Emap terá
seus resultados também avaliados pelo grau de satisfação dos seus clientes e
integrará aos seus indicadores de resultados, a melhoria dos indicadores
sócio-econômicos do Maranhão.
3 – Quais são os entraves para o
crescimento da Emap hoje?
Infraestrutura. O Porto do Itaqui opera próximo do seu limite físico de
capacidade de movimentação de cargas. Uma prova disso é a quantidade de navios
que aguardam ao largo do litoral para atracar em seus berços. Alguns chegam a
ficar por mais de 30 dias a um custo médio de US$ 25-30 mil/dia. Berços,
retroporto, galpões e armazéns. Apesar da malha ferroviária do nosso
estado, o modal rodoviário ainda tem um peso importante na logística da região.
Estradas, vias de acesso, pátio de estacionamento já não atendem a demanda
atual e esse problema tende a crescer. Somente no período inicial de operação
do TEGRAM, terminal de grãos do Maranhão, o volume adicional de carretas pode
chegar a 600 veículos para o transporte da safra até os armazéns. Precisamos
nos preparar para essa nova fase que se inicia.
4 – O que é possível fazer para mudar
este quadro? E quais serão as consequências para a economia e para a sociedade
maranhense?
Investimentos em área de retroporto, aumento planejado de berços de atracação,
pátios de estacionamento e manobras, melhorias dos acessos rodoviários,
otimização do modal ferroviário e investimentos por parte dos operadores
portuários, são algumas das necessidades a curto, médio e longo
prazo. Como consequência, o Porto do Itaqui começa a perder
competitividade com outros portos da região como Vila do Conde, no Pará, Pecém
no Ceará, Suape, em Pernambuco e até mesmo para Itajaí em Santa
Catarina. Creio que podemos reverter esse quadro com o aumento da
produtividade, e investimentos com recursos federais e estaduais, além de
parcerias com o setor privado.
Fonte: Maranhão da Gente
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