Geraldo Castro na Câmara de São Luís |
Parte do secretariado municipal participou de mais uma
rodada de negociações com o magistério municipal na tarde desta quarta-feira
(4) na Câmara Municipal. Além do diálogo, a gestão municipal apresentou a
situação financeira do município aos vereadores, professores e sindicalistas.
Os secretários Geraldo Castro
(Educação), José Cursino (Planejamento e Orçamento), Myttz Rodrigues
(Administração) e Raimundo Rodrigues (Fazenda) representaram a Prefeitura na
reunião dirigida pelo vereador Ricardo Diniz, presidente da Comissão de Educação
da Câmara.
“Esse foi mais um momento de diálogo
que a Prefeitura manteve com a classe dos professores. Repassamos todas as
informações sobre o Fundeb e as limitações financeiras que a Prefeitura
enfrenta. Uma vez pactuado o percentual de reajuste, os salários serão pagos em
dia”, afirmou o secretário de Educação, Geraldo Castro. Ele adiantou que mesmo
diante da queda de arrecadação, a Prefeitura deve construir quatro escolas com
licitação marcadas para este semestre.
Os números foram reafirmados nas
explanações do secretário José Cursino, que ratificou as sanções previstas pela
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aos municípios que ultrapassem os limites.
“Essa é uma variável fundamental no debate. Não estamos pedindo que os
professores ignorem os limites impostos pela LRF, mas alertamos para a
suspensão das transferências voluntárias e a possibilidade concreta de termos
vedados todos os exames de convênios”, disse Cursino.
Para o secretário de Fazenda,
Raimundo Rodrigues, o motivo da queda da arrecadação do município se equaciona
com investimento em tecnologia e pessoal. “A receita está caindo. Temos que
investir para que isso tenha reversão. Os professores devem atentar que os
encargos dos salários pagos da Educação são feitos com recursos do Tesouro Municipal”,
destacou.
Todos os dados apresentados pela
equipe de governo municipal serão repassados à diretoria do SindEducação para
subsidiar nova rodada de negociações.
A elevação da despesa do município
com pessoal poderia levar São Luís à zona do limite prudencial da LRF, com
51,03% de comprometimento da receita geral. O limite máximo de despesa com
pessoal permitida pela LRF é de 54,1%.
A proposta apresentada pelos
professores colocaria São Luís na condição do município com maior percentual de
superação do limite da LRF. O reajuste reivindicado pelo magistério da rede
municipal suspenderia a construção da maternidade municipal, de creches e
escolas.
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